sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Economiza-me!

Ai! Mas será o Benedito?!
Você acorda as tantas da manhã, desiste de ir à faculdade pela obviedade do seu atraso irrecuperável e então, degustando seu café do "conforme-se" recebe uma ligação para saber nada mais nada menos do que " Me disseram que você disse que eu falei".
Gente do meu coração! Será que eu estou ainda dormindo?
Sonhei com o ginásio e acordei mijada?! Sim, a palavra é feia mas o que ela designa é ainda pior.
Mijada. Molhada pelo quase torpe ato de tirar satisfações daquilo que de superficial, passa anos luz da suas preocupações diárias. Eu mereço mesmo, não?
Se eu disse? Claro que eu disse! Tenho agora cara de quê? Resta saber agora, se o que eu disse foi transcrito com um certo " espírito de jornalismo policial" ou se apenas fui transcrita. E esse é o ponto de vortex da história. Que me interessa, ou melhor, que interessa a alguém o que se disse? Gente, quanta falta de ocupação nesta vida breve!

E se disse e não corresponde à verdade? Vai da sua conciência. Há ou houve algum motivo que levasse a uma distorção das suas ações? Se não há, considere que, como diz M. de Assis, a dádiva daquele que fala tem que ser dele e só dele, porque não se pode ter responsabilidade _ nem expectativa _ daquilo que os outros interpretarão. E a culpa não existe. Culpa é sempre um ato cristão de piedade ou acusação inerente ao sentimentalismo que rege a vida metafísica daqueles que crêem no cordeiro de Deus. E na culpa.

Vamos ser de Deus. Liberte-se disto! Não te acho mais nem menos por causa de nada disso. Não faz a menor diferença. Aliás, alguma coisa faz diferença? Se você age conforme os seus princípios e sempre conforme eles, não se ocupa daqueles que dizem ou não dizem. O problema é quando alguém pode estar certo. E alguém pode estar errado. Dois pesos e duas medidas. Isso já é um problema pessoal seu. Se disse algo que não devia, o risco leva mesmo à dúvida e à tentativa de relativizar, de achar um culpado. Ou apenas de mascar este chiclé de onça até canças as mandíbulas. As suas ou as do seu "ouvinte-locutor".

Não. Eu me nego. Esta situação ofende meus princípios de levar uma vida digna e não mesquinha. Vai a seguir um poema bom para isto.

É assim que se enfada um espírito!
Kiddo.
Portanto,

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