domingo, 28 de setembro de 2008

Vamos, vamos e vamos!

Mas não é que sempre me aparecem mais e mais coisas pra fazer e eu sempre acho que não vai dar certo? Ou melhor, que não vai dar tempo....
Mas vai....ah! vai ter que dar tempo!
Domingo aparentemente morno. Nada. Não fiz nada. Nem descansei, porque não me sentia cansada. Passei o dia esperando o dia passar. e ele passou, a noite chegou e as novas - boas - chegaram com a lua.
Transferência pra USP, pra finalmente terminar História. Muitos livros pra ler. Fáceis no todo, mas extensos e um tanto "chatos", mas dá pra levar.
ESP. Vou trancar Política ( isso me dá um alívio tão grande!). E o resto vou levar nem que seja na base do 5 bola.
Jogo da cidadania e o projeto do Yahoo. Pra fim de outubro agora.
P. Civil e TRT. Legislação encima de legislação e teste físico. Mas amor é amor, então vamos à luta. Eu quero a farda preta!
Ainda tem casa, comida, marido, um pouco de lazer porque eu ainda sou um ser-humano e as minhas horas sagradas de sono, sem as quais nada do resto é possível.

Será que posso esticar meu dia em algumas horas?]
Pelo menos eu me fio na esperança de que toda essa ocupação vai pôr um pano quente nas minhas inquietações de espírito...tomara ahn?
Enfim.....a ansiedade deste monte de coisas novas mandou eu sentar aqui e escrever tudo isso. Não interessa muito pra quem está lendo, mas faz bem pra mim. Sinta-se então num ato filantrópico.....um trabalho voluntário de ler um "anti-stress" da pessoinha de meio metro atrás deste computador.

chega vai....até contar carneirinhos te importa mais que essa lista de compromissos pessoais.

Mas se quiser ajudar, é muito bem-vindo...

Kiddo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

pra ilustrar e lustrar ( o ego)

Lisbon Revisited (1923)

Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem -me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
(...)
Não me macem pelo amor de Deus!
(...)
Queriam-me casado,fútil,quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pesso, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho(a) para o diabo!
Para que havermos de ir juntos?
(...)
Não me peguem no braço.
Não gosto que me peguem no braço.Quero se sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah. Que maçada quererem que eu seja na companhia!
(...)


.............................................................Álvaro de Campos.

Economiza-me!

Ai! Mas será o Benedito?!
Você acorda as tantas da manhã, desiste de ir à faculdade pela obviedade do seu atraso irrecuperável e então, degustando seu café do "conforme-se" recebe uma ligação para saber nada mais nada menos do que " Me disseram que você disse que eu falei".
Gente do meu coração! Será que eu estou ainda dormindo?
Sonhei com o ginásio e acordei mijada?! Sim, a palavra é feia mas o que ela designa é ainda pior.
Mijada. Molhada pelo quase torpe ato de tirar satisfações daquilo que de superficial, passa anos luz da suas preocupações diárias. Eu mereço mesmo, não?
Se eu disse? Claro que eu disse! Tenho agora cara de quê? Resta saber agora, se o que eu disse foi transcrito com um certo " espírito de jornalismo policial" ou se apenas fui transcrita. E esse é o ponto de vortex da história. Que me interessa, ou melhor, que interessa a alguém o que se disse? Gente, quanta falta de ocupação nesta vida breve!

E se disse e não corresponde à verdade? Vai da sua conciência. Há ou houve algum motivo que levasse a uma distorção das suas ações? Se não há, considere que, como diz M. de Assis, a dádiva daquele que fala tem que ser dele e só dele, porque não se pode ter responsabilidade _ nem expectativa _ daquilo que os outros interpretarão. E a culpa não existe. Culpa é sempre um ato cristão de piedade ou acusação inerente ao sentimentalismo que rege a vida metafísica daqueles que crêem no cordeiro de Deus. E na culpa.

Vamos ser de Deus. Liberte-se disto! Não te acho mais nem menos por causa de nada disso. Não faz a menor diferença. Aliás, alguma coisa faz diferença? Se você age conforme os seus princípios e sempre conforme eles, não se ocupa daqueles que dizem ou não dizem. O problema é quando alguém pode estar certo. E alguém pode estar errado. Dois pesos e duas medidas. Isso já é um problema pessoal seu. Se disse algo que não devia, o risco leva mesmo à dúvida e à tentativa de relativizar, de achar um culpado. Ou apenas de mascar este chiclé de onça até canças as mandíbulas. As suas ou as do seu "ouvinte-locutor".

Não. Eu me nego. Esta situação ofende meus princípios de levar uma vida digna e não mesquinha. Vai a seguir um poema bom para isto.

É assim que se enfada um espírito!
Kiddo.
Portanto,

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Vamos voltar a desabafar.

Não não não. Começar com não não é bom não.
Mas fazer o que se é exatamente o império do não que me fez voltar a ter um blog!
Já havia de fato desistido de sentir nas teclas e não exatamente no peito. De resolver na internet e não na mente. De acalmar a volúpia das palavras na tela e provocar uma pororoca de idéias angustiantes aqui dentro deste um metro e meio de gente confusa.
Mas a carne é fraca. A minha é mais ainda. E por isso talvez vos fale este coração.


Ele sofre. Motivos? Ele ainda não tem. Queres rir? Pois o faça. Eis o que procuro. Quem sabe com o riso morno da descrença eu creia que de fato não tenho porque sofrer.

Sim, eu tenho um amor.
Sim, ele é correspondido.
[em demasia até...
Sim, jamais me causou qualquer problema.
É fazedor de planos futuros, é amigo, é companheiro.
É fiel, é leal. É honrado.
Amigos escorrem aos borbotões pelas frestas meladas do meu coração pidão.
Ajudam, sempre, apesar de acharem que há algum tempo, faço tempestades em tubos de ensaio.

Por que então você sofre?! (é o que se pergunta não é?)

Respondo tácita e descaradamente. Eu sofro por antecipação. Tenho medo de tudo isso acabar.
Tenho motivos? NÃO! Mas sofro, oras! E se acabar?

Não ouse responder : " Aí acabou ué" Porque não é assim que sente este coração. E me sinto no direito de ter licença poética para sofrer até morrer.

Okay. Eu sou ridícula. Mas não trate assim. Se conseguisse não sofreria. Curtiria cada momento muito mais do que sou capaz. Me ocuparia do que é e não que pode vir a ser. Essa ladainha toda eu já sei. Mas adivinha?! Não funciona comigo.

Chega, já derramei demais. Fica pra uma próxima....se puder ajudar, de verdade, agradeço.


Kiddo.